segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Da inquietude simbiótica

Seria eu um líquen ancestral que brota ao acaso na noite, passado o ocaso, lançando seus esporos em forma de estrelas? Talvez a brisa lunar os leve e os faça germinar numa planície longínqua, porém úmida e uterina, até que se forme uma grande malha de hifas entrelaçadas, um gentil toldo de vida primitiva sob a chuva, sob cumulus nimbus, o mau tempo e as intempéries dos Deuses?A minha parte alga pede corpo, minha parte fungo pede alma. Eu digo “calma”.

3 comentários:

  1. Muito interessante. Curto, pleno de significado. Lindas metáforas. Inspiradíssimo!

    ResponderExcluir
  2. Lindo, patético, brilhante!
    (Vc é a única escritora que eu conheço que ainda não sabe que é escritora.)

    ResponderExcluir